sábado, 11 de julho de 2009

2009


Na tentativa de estabelecer uma relação da luz da Lua com os círculos marginais aos determinantes dos Solstícios e dos Equinócios, fui, acompanhado por alguns amigos, até à Pedra na noite de Lua Cheia que se seguiu ao Solstício de Verão.
Mostrou-se pelo lado direito da Pedra - o oposto ao do nascer do Sol - por aí a circundando. Seguimo-la, luz difusa por entre a ramagem cerrada até esbarrar num dos pilares de betão do telheiro* que, ao projectar sombra, não nos permitiu seguir o seu trajecto.
Com a lanterna de que nos socorremos para chegar ao local, iluminámo-la com luz rasante.
Revelou mais um círculo com o centro bem vincado e, eventualmente, o que resta de um outro, numa das zonas fracturadas da face, imperceptível com a luz do dia.
Improvisámos algumas fotos.
O resultado desta fonte de luz, mostrou que, com meios mais sofisticados, foi o processo usado na ilustração publicada no livo intitulado Pré-história de Portugal do Prof. M. Farinha dos Santos (ed. Verbo 1974) que, apesar da particularidade de ter a imagem invertida, revela com fidelidade a maioria das intervenções provocadas quer por mão humana quer por acidentes difíceis de determinar.
Voltaremos.
David de Almeida
* "... protegida por telheiro de zinco sobre pilares e vigas de betão, destoantes" - segundo a ficha de inventário da antiga DGEMN, hoje integrada no IRHU. Afinal não é de zinco, mas de amianto rachado por onde pinga a água das chuvas, provocando uma erosão irregular.

3 comentários:

  1. Caro David
    Estive em contacto consigo em 2007, pedindo-lhe que me indicasse o local exacto da Pedra Escrita, para filmagens. Agora gostaria de enviar-lhe o resultado da investigação, no qual inclui algumas imagens deste megalito. Por coincidência, ontem (Domingo), o meu amigo António Escudeiro telefonou-me falando-me de si e do seu blog. Se me der um endereço, envio-lhe o álbum de DVDs; fico a aguardar também feedback ao meu trabalho!
    Abraço
    Antonieta Costa

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  2. O que me parece é que, apesar de todo o rigor e seriedade que parece existir nesta versão, este Artista deve divertir-se muito com os seus amigos durante estas incursões.
    Também quero!
    A. Maria

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  3. Caro David, felicito-o novamente pelo trabalho que vem desenvolvendo nesta área. Sei que não é pròpriamente para se "divertir" que leva a efeito estas pesquisas. Quem conhece a sua pintura,a gravura e a escultura, sobretudo a partir doa anos 80, confirma que são o resultado de muita pesquisa e experiências várias, muitas obras estão de alguma forma relacionadas com pedras com estas. Estudando a "escrita" dos antepassados, divulgando-a, certamente que lhe abre muitos horizontes para as fantásticas obras que vai criando. CONTINUE SEMPRE!
    Com um abraço do Luís Fernandes

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