sábado, 6 de novembro de 2010

NY - short story 4

Manolo Valdés, Velazquez e a Descoberta da América

Columbus Circle foi recentemente apetrechada com cinco esculturas em bronze – quatro “Meninas” e uma “Dama a cavalo” - de Manolo Valdés, artista Valenciano radicado em NYC.

Rotunda e Praça em simultâneo, com alguma poluição visual é, depois de Times Square, o local mais visitado de Manhattan o que significa a circulação de milhares de turistas ao longo do dia.

Defronte da Trump Tower, entre a Broadway e Central Park West, a alguma distância da Rotunda, um globo em aço inoxidável polido, kitsch e brilhante como tudo (ou quase) o que é Trump, acrescenta ainda mais “ruído” ao conjunto.

Sou apreciador da obra de Valdés.

As “Meninas”, juntamente com a “Dama a cavalo” (Isabel de Bourbon?) foram dispostas na área que circunda o monumento a Cristóvão Colombo e empurradas para as bandas, tornando difícil uma observação calma e conveniente.

A “Dama a cavalo”, essa evapora-se no meio daquela confusão.

Num local adequado estas obras teriam um público interessado, que não o que nelas se vai empoleirar para tirar as fotografias da praxe, ignorando em absoluto o que lhe serve de apoio (temos dificuldade em olhá-las por inteiro, pois sempre têm um emplastro grudado).

Compreendo que Manolo Valdés aprecie a ideia de ter sido seleccionado aquele espaço tão ligado a Espanha e à Descoberta da América para implantar o conjunto.

Não querendo entrar em polémicas sobre o “descobridor” de tão precioso Continente (Corte Real, Vespúcio, Colombo ou os nativos vindos pelo estreito de Bering), constato que, pela via do seu talento Valdés foi também um descobridor da América.

Daí que a sua obra possa ter um lugar próprio sem o partilhar com outrem, nem que de Colombo se trate.

----

Sem comentários:

Enviar um comentário